A Menina Rita
Ela nasceu em 1381
no vilarejo de Roccaporena, na região de Cascia – que abrasileramos para Cássia
– na Úmbria (centro da Itália).
Seu nome mesmo era
Margherita, “Rita” era um apelido carinhoso.
Quando seus pais
(Antônio e Amata) iam trabalhar nos campos, colocavam sua filhinha num cesto de
vime e abrigavam-na à sombra das árvores. Um dia, um lavrador que estava
próximo feriu-se com uma foice, dando um grande talho na mão direita.
Dirigindo-se imediatamente para Cássia, a fim de receber os necessários
cuidados médicos, ao passar perto da criança viu as abelhas que zumbiam ao
redor de sua cabeça.um grande enxame de abelhas brancas a envolveu, parecia impossível que
não a ferrassem. Mas aconteceu um milagre: muitas delas entravam em sua boca e
aí depositavam mel, sem a ferroar, como se não tivessem ferrões, nenhum gemido
da criança para chamar seus pais; ao contrário, dava gritinhos de alegria.
Esqueceu de si
mesmo e foi socorrer a criança, começou a agitar as mãos para livrá-la do
enxame. No mesmo instante, sua mão parou de sangrar e o ferimento se fechou.
Gritou de surpresa, o que chamou a atenção de Antônio e Amata que acorreram ao
local e viram a menina rindo com mel a escorrer da boquinha.
Seus pais tinham em
casa um pequeno oratório, onde Rita, desde menina rezava o terço com seus pais.
Apesar de analfabetos, Amata e Antônio contavam as histórias da vida de Jesus,
da Virgem Maria, e dos santos para a menina.
Rita cresceu dócil,
respeitosa e obediente para com seus pais. Aos oito anos quis ser religiosa,
mas seus pais a fizeram como o costume da época, ao fim da adolescência, casar
com o jovem Paulo Fernando.
O Casamento
O esposo de Rita
era mandão, bebia e andava por aí batendo e até matando os outros. Isso era
comum naquela região, muitas mulheres sofriam com maridos assim e nenhuma lei
as defendia, mas o pior de todos era o de Santa Rita, parecia impossível ele
mudar. Mas com o passar dos anos, o homem, foi mudando, porque Rita era sempre
tão boa e educada, que Paulo Fernando passou a ser respeitoso com a esposa, no
fim até a acompanhava à Igreja. um dia uma vizinha perguntou como Rita
conseguiu mudar o marido. Ela respondeu: “Lembrai que, desde o momento em que
recebemos nossos esposos, lhes devemos amor, obediência e respeito, pois isso
significa ser casadas!”
Rita não permitia que,
em sua presença, se murmurasse dos defeitos dos outros. Dizia: “Notai que não tem menos culpa a mulher que
fala mal de seu marido do que o marido que, com incorreto proceder, dá ensejo à
mulher para que fale mal”.
Rita e Paulo
tiveram dois filhos: João Tiago e Paulo Maria.
O matrimônio durou
dezoito anos, até que um antigo inimigo, dos tempos em que Paulo era brigão, o
esperou de tocaia e o matou.
Rita perdoou os
assassinos, mas seus filhos não. Queriam crescer para vingar a morte do pai,
como era o costume naquela região. Com muita dor no coração, a mãe orou: “Senhor prefiro que os leve inocentes que
cresçam para perder a alma. O senhor sabe tudo eu confio a salvação da alma de
meus filhos a vós.”
Não que ela
desejasse a morte de seus filhos, ela tinha esperança que crescessem e
perdoassem o assassino, mas confiou o futuro de sues filhos a Deus que sabe
tudo. Em pouco tempo eles ficaram doentes e morreram.
Santa Rita quase
enlouqueceu de dor, foi muito para ela, abandonou tudo e por um tempo viveu em
uma caverna, orando e pedindo forças a Deus. E o Senhor veio em seu socorro…
Irmã Rita
Rita lembrou-se
que, desde a infância aspirava à vida religiosa agostiniana. Mas recebeu um
“não” por ter sido casada, parecia
impossível ela realizar sua vocação.
Certa noite ouviu
alguém a chamar pelo nome: “Rita,
Rita”… Ninguém parecia estar ali, e tendo retornado às
orações ouviu novamente seu nome ser chamado: “Rita, Rita”.Indo à porta
deparou-se com três pessoas, e nelas reconheceu São João Batista, Santo Agostinho e
São Nicolau de Tolentino, os quais a convidaram a segui-los. Chegando ao
convento de Santa Maria Madalena, onde fora por três vezes recusada, a porta
estava evidentemente bem fechada, pois era o momento em que as religiosas
dormiam, mas seus três protetores fizeram com que ela inexplicavelmente se
visse conduzida ao interior do convento.
Amanheceu, quando
as irmãs se reuniram para as obrigações matinais, encontraram Rita rezando na
capela, e tendo constatado que a porta não fora arrombada e que não havia sinal
algum que explicasse a entrada da viúva por meios humanos, reconheceram assim a
vontade de Deus.
E lembra das
abelhas brancas que lhe deram mel quando ela era bebê? Um enxame, foi para o
mosteiro de Cássia, morar numa das paredes do jardim interno, no mesmo dia que
Rita.
A Videira
Certa ocasião Rita
recebeu da superiora a ordem para regar duas vezes ao dia um galho seco, pela
manhã e à tarde quotidianamente, mês após mês, para testar a obediência de
Rita. As demais irmãs viam aquilo e davam risadinhas pelos cantos. Parecia impossível um
pau ceco reviver…
Mas, uma ano
depois, elas se surpreenderam com pequenas folhinhas na videira que começava
ali a se desenvolver, e que passou a dar saborosas uvas século após século, até
nossos dias. Todos os anos as irmãs desse convento mandam vinho feito com as
uvas da parreira de Santa Rita para o Papa.
Santa Rita de Cássia e o Espinho da Coroa de Jesus
A irmã Rita gostava
muito de pensar na paixão de Jesus, tinha muita pena de Nosso Senhor ter
sofrido tanto para nos salvar: os insultos dos soldados, as ingratidões que
sofreu em seu caminho ao Calvário.
Teve uma quaresma,
em 1443, em que Santa Rita ouviu um lindo sermão sobre a paixão de Cristo.
Ficou tão emocionada que, quando voltou ao convento depois da Missa, diante de
uma pintura da Cruz, pediu para sofrer um pouquinho o que Ele sofreu e assim
aliviar o sofrimento de Jesus.
Foi aí que
aconteceu: da coroa de espinhos da imagem de Jesus, desprendeu-se um espinho,
que se cravou na testa da santa, causando-lhe uma dor terrível e nunca mais
parou de doer.
Pior, as outras
religiosas não podiam suportar o cheiro que saia da ferida, por isso Santa Rita
teve que viver sozinha, numa torre do convento.
Só uma vez, por uns
dias a ferida desapareceu: foi quando Rita quis ir com as irmãs em peregrinação
(iam a pé,acredita?!) de Cássia até Roma, para participar da festa da abertura
do Ano Santo, que o Papa anunciou. Mas quanto chegou de novo a casa, o estigma
voltou a aparecer e teve que se afastar de novo das outras irmãs.
Viveu assim por 15
anos, até ir para o Céu.
Oração a Santa Rita de Cássia
Ó poderosa e gloriosa Santa Rita,
eis a vossos pés um alma desamparada que,
necessitando de auxílio,
a vós recorre com a doce esperança
de ser atendida por vós
que tendes o incomparável título
de SANTA DOS CASOS IMPOSSÍVEIS E DESESPERADOS.
Ó cara Santa, interessai-vos pela minha causa,
intercedei junto a Deus
para que me conceda a graça
de que tanto necessito (dizer a graça que deseja).
Não permitais que tenha de me afastar
dos vossos pés sem ser atendido.
Se houver em mim algum obstáculo
que me impeça de obter a graça que imploro,
auxiliai-me para que o afaste.
Envolvei o meu pedido
em vosso preciosos méritos
e apresentai-o a vosso celeste esposo, Jesus,
em união com a vossa prece.
Ó Santa Rita,
eu ponho em vós toda a minha confiança;
por vosso intermédio,
espero tranquilamente a graça que vos peço.
Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por
nós.
Filme sobre a vida de Santa Rita:
Equipe Fé em Feltro
Agora após conhecer um
pouco mais sobre a vida de mais esse exemplo de dedicação a Deus, a Equipe Fé em Feltro está
produzindo chaveiros de Santa Rita de Cássia... Vejam uma prévia dos chaveiros: